[Crítica] Martyrs (2016)




Martyrs é a refilmagem do filme francês de mesmo nome de 2008. O original é bem elogiado, já essa refilmagem… Antes mesmo de ser lançado, o filme já era visto com maus olhos por muita gente. O original é considerado um dos melhores de gênero de sua década e não completou nem dez anos desde o seu lançamento.

Leia a crítica do filme original francês Martyrs, de 2008, clicando aqui.

Mas agora vamos ao remake. O filme começa mostrando Lucie escapando do local onde era mantida presa. Em seguida, num orfanato, vemos como Lucie conheceu Anna, também vemos sobre o seu trauma e os monstros que vê. Então o filme avança dez anos. Assistimos a uma família tomando seu café da manhã. A campainha toca e o pai da família é assassinado. Em seguida, todo o resto da família também é assassinada. E quem matou a todos com uma espingarda, logo sabemos, é Lucie, interpretada por Troian Bellisario, mais conhecida pela série Pretty Little Liars, e que está ótima no papel. Ela foi uma das únicas coisas que valeu a pena no filme, embora ainda seja muito pouco para recomendá-lo.

[Crítica] Martyrs (2016)

Após a chacina, ela liga para Anna (Bailey Noble, de True Blood) e a chama para o local. Ao chegar lá, ela se assusta com todos os cadáveres pelo chão. Então Lucie explica que aquele é o casal que a sequestrou e que os dois filhos sabiam de tudo, por isso também são culpados. Anna fica perplexa com o que vê e cheia de dúvidas sobre se isso é mesmo certo, mas acaba aceitando ajudar a amiga. Afinal, o que mais ela poderia fazer?

A história é simples, como a maioria dos filmes de terror. O longa mostra a crueldade humana a serviço da religião ou de uma ideologia que usa o corpo humano como objeto de sacrifício. Quem não assistiu ao original e gosta do estilo gore, pode gostar do filme.

[Crítica] Martyrs (2016)

No segundo ato do filme, ele tenta brincar com uma possível loucura de Lucie ou algo sobrenatural. E essa resposta não demora a chegar. Um dos problemas do filme é a falta de ritmo, o foco em cenas desnecessárias ou as longas cenas de tortura; sim, elas são o foco do filme, mas deixam a desejar e não causam tanto impacto, o que o original consegue fazer com muito mais propriedade.

A ideia do filme é boa, mas a execução falhou. A violência é o foco, mas tudo soa genérico e sem muito conteúdo fora dessas cenas. A discussão filosófica que ele tenta abordar ao explicar o motivo das torturas não convence e soa piegas. Martyrs é gore, é tortura, é cruel e é sangue. E só.

Leia a crítica do filme original francês Martyrs, de 2008, clicando aqui.

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